Você alguma vez já pensou no que faz seu coração bater? Como ele faz isso automaticamente, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora de todos os dias?
A resposta está em um grupo de células especiais com habilidade de gerar atividade elétrica por conta própria. Estas células separam partículas carregadas. Depois disso, elas espontaneamente deixam vazar estas partículas carregadas para dentro das células. Isto produz impulsos elétricos nas células marca-passo espalhadas pelo coração, fazendo-o contrair. Estas células fazem isso mais de uma vez por segundo para produzir um ritmo cardíaco normal de 72 batimentos por minuto.
O marca-passo natural do coração é chamado nó sinoatrial (nó SA). Ele é localizado no átrio direito. O coração também contém fibras especializadas que conduzem o impulso elétrico do marca-passo (nó SA) para o resto do coração (veja abaixo).
O impulso elétrico sai do nó SA (1) e vai para o átrio direito e esquerdo, fazendo-os contraírem juntos. Isso leva 4 segundos. Há então um atraso natural para permitir que os átrios contraiam e os ventrículos se encham de sangue. O impulso elétrico então vai para o nó atrioventricular (nó AV)(2). Depois, o impulso elétrico vai para o feixe de Hiss (3) e se ramifica nos feixes direito e esquerdo (4) onde se espalha rapidamente usando as fibras de Purkinje (5) para os músculos do ventrículo direito e esquerdo, que se contraem ao mesmo tempo.
Qualquer tecido elétrico do coração tem a habilidade de ser um marca-passo. Porém, o nó SA gera um impulso elétrico mais rápido do que os outros tecidos, então normalmente é ele que controla. Se o nó SA falhar, as outras partes do sistema elétrico podem assumir o controle, mesmo que usando uma velocidade mais lenta.
Apesar das células marca-passo criarem o impulso elétrico que faz o coração bater, outros nervos podem mudar a velocidade de disparo dessas células e a força de contração do coração. Esses nervos são parte do sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo tem duas partes; o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático. Os nervos simpáticos aumentam a velocidade do coração e sua força de contração. Os nervos parassimpáticos fazem o oposto.
Toda essa atividade produz ondas elétricas que podemos medir. A medida é representada como um gráfico chamado eletrocardiograma (ECG). Aqui está um exemplo de três batimentos cardíacos em um ECG (veja abaixo).
Cada parte do traçado tem o nome de uma letra:
· onda P - coincide com a propagação da atividade elétrica nos átrios e começo de sua contração.
· complexo QRS - coincide com a propagação da atividade elétrica nos ventrículos e começo de sua contração.
· onda T - coincide com a fase de recuperação dos ventrículos.
Anormalidades do sistema elétrico podem variar de batimentos prematuros secundários (palpitação) que não precisam de tratamento, até batimento lento ou irregular com risco de morte, que precisa de um marca-passo artificial.BIBLIOGRAFIA:
http://saude.hsw.uol.com.br/coracao3.htm
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